20 de Novembro - Poemas de Oliveira Silveira
A ideia a partir de uma performance
Entendendo a instituição do 20 de Novembro como data da Consciência Negra, a performance apresentada no Museu de Arte do RS (em 2021) foi um projeto sonhado por Mano Amaro a partir de um pedido de Oliveira Silveira e foi idealizado por Thyago Cunha ao qual ambos construíram os retalhos desse projeto. Em 2022 o projeto se tornou um espetáculo, apresentado no Teatro Glênio Peres, ambos em Porto Alegre, contextualiza o engajamento dos movimentos negros nacionais no panorama regional como os que influenciaram o campo reflexivo em que o poeta Oliveira Silveira atuou nos anos 1970. As obras marcantes do artista são inspirações para a criação das performances realizadas pelos bailarinos Thyago Cunha (gaúcho) e Mano Amaro (gaúcho residente há 25 anos na Bélgica), pelo músico Rodrigo Rodrigues (gaúcho residente em SC) e pelo artista plástico Paulo Correa (gaúcho), artistas negros com profunda história e admiração pelo poeta homenageado.
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Performance realizada no Museu de Arte do RS (Mars), em 20/12/2021




















Espetáculo realizado no Teatro Glênio Peres, POA, em 02 e 03/12/2022




















































Sobre o espetáculo
É um espetáculo que narra a cultura negra através dos versos do poeta, professor e pesquisador gaúcho Oliveira Silveira (1941-2009), figura com destacada liderança e atuação no Grupo Palmares.
Representado por quatro artistas que, com suas técnicas diversas, contracenaram num contexto de exploração de movimentos, ritos, música e arte da cultura negra gaúcha, em grande parte narrada numa esfera improvisada, com composições criadas em tempo real pelos bailarinos, músico e artista plástico. Na edição de 2022, foram convidados artistas para abrilhantar o projeto: Carla Pires, Cristina Schell e Silvia Duarte.
As cenas são divididas em dois atos: um representando Exú – considerado o elo entre o espiritual (Orun) e o físico (Aiê), o dono dos destinos e dos caminhos – e outro representando Oxalá – responsável pela sabedoria, união e fraternidade entre os povos da terra e cosmo, considerável o fim pacifico da vida – num paradoxo mitológico africano, tendo como narrativa os poemas do líder do maior movimento negro do país, Oliveira Silveira.
Assuntos como religiosidade, tradição, escravidão e, principalmente, racismo serão abordados de uma maneira criativa e reflexiva, aproximando o público de um olhar mais igualitário do negro na sociedade. “É uma maneira de reverenciar esses negros, através da sua história e cultura, tão atuantes na formação do nosso povo, como a chula, para que se desmistifiquem preconceitos e aproximem todas as pessoas, independente de cor, religião, cultura, por exemplo”, revela Thyago sobre o objetivo do projeto.
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